Final de tarde.
É dia que fenece.
E não sobrará nada.
Não haverá vestígios deste dia.
E ele nunca saberá que existiu.

 

E na mortecência do dia
Me perco.
Me cato nas horas
Pra me recompor.

Sou de retalhos.

 

De retalhos eu sou.
Nesta recompostura diária
Me colo, me remendo, me amarro.
Sou de retalhos.
Sou retalhos de barro.

Cássia Diaz Oz

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