Por Erivan Santana*

Eu ando em suas ruas, moro no seu chão e respiro o seu ar, e a cada dia mais conheço a sua história. Já nasceu abençoada, com uma localização privilegiada, e com o pioneirismo de famílias que acreditaram em você, como os Guerra, Cunha, Nascimento e Barbosa – cresceu forte, pujante e próspera.

É certo que muitos migrantes – como os capixabas – colaboraram com o seu crescimento, fortemente influenciado pela construção da BR-101, a grande mensageira do progresso – sua e de toda a região.
Espera-se que os que aqui vivem e nasceram a conheçam mais, reconhecendo a grandeza da sua generosidade, da sua história, cultura e intensa miscigenação étnico-cultural.

Vista da BR-101. Década de 1980.

Sempre que passo na rodoviária velha, lembro-me da lanchonete Pai D´égua de D. Penina, do bar do Seu Vitô, do intenso movimento de ônibus municipais e interestaduais, das famosas gincanas estudantis dos anos 90, ocorridas na Praça da Independência, hoje, conhecida como Praça da Bíblia.

A cidade tem também suas lendas históricas, como o jornalista Ivan Rocha, o jornalista, radialista e imortal da Academia Teixeirense de Letras (ATL), Ramiro Guedes, que nos deixou – além da sua contribuição literária – um patrimônio imaterial e uma marca – o “Almoço à brasileira”.

E por falar em literatura, com este “Cartas Teixeirenses, ba”, junto-me, em constante diálogo, aos poetas Almir Zarfeg, autor de “Crônicas teixeirenses” e a Cynara Novaes, com “Carta poema”, retratando ad infinitum os valores e a nossa visão de mundo desta que costumamos chamar de a “Princesa do Extremo Sul”.

Há muito ainda o que se fazer por você, pois nasceu com a sina do progresso e do acolhimento a todos, o que somente se concretiza com saúde, educação, paz e cultura para todos.
A história continua a ser escrita, caminhemos!

[ES] Erivan Santana. In: Cartas Teixeirenses, ba, 2023

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