Por (Daniel Rocha) 

O prédio da antiga Prefeitura  já era uma referência para os moradores da cidade de Teixeira de Freitas, BA, antes da emancipação política em 1984, pois lá funcionou por muito tempo alguns dos melhores bares da cidade.

Entre os mais lembrados estão  o  “Bar ARUTEF”, “Bar Clube dos Vaqueiros” e “Bar Garota da Avenida” que esteve em atividade durante boa parte da segunda metade da década  de 1980, depois do  processo  de emancipação  da cidade.

Emancipada a administração local começou ocupar o local aos poucos, “primeiro a parte de cima e só depois todo o prédio”.

Nesse contexto, segundo  recordações da moradora Lília do Carmo,  funcionava na parte de baixo do local o Bar “Garota da Avenida” onde  vivenciou os melhores momentos da juventude ao lado da amiga Marlene que era funcionária do lugar que para ela  e outros amigos   era sinônimo de alegria e diversão.

  1. Na parede marcas do processo de emancipação.

Sobre,  lembra que ela, loira, e a amiga, morena, divertiam-se muito com as cantadas e pedidos de namoro dos frequentadores do Bar, “na década de oitenta os homens eram mais atrevidos e não economizavam investidas”.

Narra também  que  no local  qualquer pessoa podia sentar-se para tomar um refrigerante, uma cerveja ou uma bebida mais cara, tipo  Whisky, que sempre vinha acompanhado de um bom petisco. Popular no espaço  não  havia sexismo,discriminação fundamentada no sexo.

Recorda a saudosa frequentadora que as canções da  trilha sonora da novela global  “A gata Comeu” (1985)  eram as mais ouvidas e pedidas pela moçada no Bar e que músicas tema como “Só para o vento” – Rithie e “Seu nome” – Biafra, foram essenciais para o desenrolar de causos e amores inesquecíveis.
Tanto que, como em todo e qualquer bar,  os acontecimentos do cotidiano transformam-se em saborosos causos contados a exaustão entre  risos e gargalhadas. Narrou:

– Certo dia um cara muito ousado chegou ao Bar e pediu um Whisky, como era a minha amiga Marlene que estava no balcão  ela saiu para atender ao pedido servindo cuidadosamente a bebida.Quando virou-se o cara puxou-lhe o braço e falou para quem quisesse ouvir: “Além da bebida servem você?”

Ela pediu para ele ficar até o final do expediente. Quando o horário marcado chegou, ela saiu com uma arma e encostou no rosto dele dizendo: “Da  próxima vez vou servir uma bala no seu peito”. Exigindo mais respeito.

Daniel Rocha da Silva*

Historiador graduado  e Pós-graduando em História, Cultura e Sociedade pela UNEB-X.

Contato WhatsApp: ( 73) 99811-8769 e-mail: samuithi@hotmail.com

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Foto: Memorial da Câmara.

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