Por Daniel Rocha

No dia 25/03/18 diversas pessoas tomaram a principal avenida da cidade em uma marcha pela paz.  A manifestação foi convocada pela Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas. Evangélicos e entidades da sociedade civil organizada como, associações, ONGs, sindicatos e cidadãos comuns também participaram do evento que  evidenciou, dentre outras coisas, a aspiração dos moradores de viver juntos e em paz.

Os participantes também aproveitaram para reivindicar outras necessidades e urgências como mais atenção a saúde pública. Diante desses fatos convém lembrar que não foi a primeira vez que os teixeirenses se organizaram em movimentos reivindicatórios. No passado a união dos moradores e instituição permitiu a realização de manifestações por causas diversas.

 

Em 1999, por exemplo, diversos setores da sociedade  civil organizada, associações de moradores, movimentos estudantis, CDL, OAB, maçonaria, sindicato dos bancários e comerciários, C.D.D.H, UNEB – Universidade do Estado da Bahia, pastoral da juventude, pastoral da família juntarão forças para  protestar contra a implantação do presídio de segurança máxima na cidade.

Para os organizadores do movimento o presídio, recusado por outras cidades da região, iria contribuir para o aumento da criminalidade, uma vez que infratores de todo extremo sul seriam aqui encarcerados e que, consequentemente, ficariam para morar durante e depois da condicional.

O movimento atraiu um número elevado de pessoas dos quais muitos estudantes. Embora não tenha conseguido atingir o seu objetivo inicial, que era o de impedir a construção do presídio, à passeata chamou a atenção de todos para o tema.

Em 22/04/1991, estima-se, que mais de dez mil pessoas participou de um culto ecumênico proferido por padres católicos e pastores evangélicos realizado na Praça Caravelas em razão do desaparecimento do Jornalista Ivan Rocha que denunciava em seu programa os problemas da política local, foi sequestrado e supostamente assassinado.

O evento evidenciou a insatisfação da população com a violência e e o desejo de todos de viver juntos e em paz com justiça . A notícia da realização dessas manifestações também sugere que as diferenças e crenças não impedem a expressão do sonho coletivo de uma maior fraternidade, tal como foi possível perceber na caminhada realizada no dia 24 de março na principal avenida da cidade.

 

 

Imagem: PASCOM/ Diocese

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