Localizado na costa do extremo sul da Bahia, a trinta milhas náuticas da costa de Caravelas, Abrolhos é um arquipélago formado por cinco ilhas carregadas de segredos e histórias curiosas pouco conhecidas.
No século XIX, Charles Darwin, naturalista, geólogo e biólogo, pai dos estudos sobre a evolução nas ciências biológicas visitou o arquipélago em 1832, depois de ter deixado a Inglaterra em 1831 e passado pela costa africana.
Em 29 de fevereiro de 1832, Darwin chegou na Bahia e depois de ter explorado a cidade de Salvador partiu para algumas missões no interior da província até chegar ao conhecido arquipélago. Sobre Abrolhos o naturalista registrou: “As ilhas são baixas e cobertas de gramíneas. Ancoramos e bandos de aves escureceram o céu. É fascinante.
O nome Abrolhos surgiu em 1530, quando um expedição portuguesa chefiado por Gonçalves Coelho passou pela região. O guia era Américo Vespúcio, sábio nas artes náuticas que ao registrar os perigos da área, alertou: ” Quando te aproximares da terra, abre os olhos.”
Na ilha de Santa Bárbara está instalado um gigantesco farol de navegação, erguido em 1861 no reinado de D. Pedro II. A construção ainda conserva as imensas lâminas de cristal, capazes de , em boas condições de tempo, tornar os reflexos visíveis até no continente, a cerca de 70 quilômetros de distância.
Abrolhos também escreve seu nome na história por ter sido cenário da maior batalha naval travada no período colonial. O combate no século 17 envolveu a poderosa esquadra holandesa de Maurício de Nassau contra os portugueses, que defendiam o território Brasileiro dos invasores. Nas águas circunvizinhas ao arquipélago, jazem escombros destes confronto. Ao lado dos navios seiscentistas, encontram -se navios recentes, vítimas de águas traiçoeiras.
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