Por Daniel Rocha
Em 1992, o carnaval da cidade de Caravelas foi destaque na revista teixeirense Regional Sul, que deu uma ampla cobertura a festa que fez lembrar a beleza da cultura local. Segundo a revista, a festa encantou milhares de turistas e destacou os costumes, a história e o modo tradicional de festejar a data na região e no estado. Costume que vinha se modificando diante da inserção de novos padrões.
No texto do magazine, destacou-se que o carnaval local explodiu encantos, beleza e alegria quando a escola de samba da cidade, Irmãos Portelas, tomou as ruas da histórica litorânea exaltando a cultura negra, portuguesa e nativa como nunca antes. Sobre esse destaque dado a diversidade local Sublinhou a publicação local:
“O carnaval explodiu em suas ruas. Explodiu em beleza, em alegria, conteúdo e inusitadamente em Cultura. Quando a Escola de Samba Irmãos Portela tomou as ruas e encheu os olhos do público assistente, detonou-se, ali, uma tendência rara na atualidade: a valorização, sem fronteiras, do Nativo: de raízes; do sustentáculo de um povo qual seja a integridade e evolução cultural.
O carnaval, comumente tem-se tradicionalizado em folia. “Só o corre atrás do trio …”, “Só o extravasar emoções.” São essas, sem dúvida, funções ou características do carnaval, todavia utilizá-lo como instrumento de difusão e suporte de tradições e história é, indubitavelmente, inovador. O carnaval carnavalesco, além dos trios e da folia, foi enriquecido em nuances num detalhismo surpreendente (…) Ao desfilar a Escola de Samba Irmãos Portela atingiu o clímax da festa só comparado com encerramento num animado banho de cheiro”.
De acordo com Oliveira, no TCC “O Carnaval Baiano: As tramas da Alegria e a teia de negócio, de 1996, analisando as transformações ocorridas no carnaval de rua da cidade de Salvador, o carnaval passava naquela década por um significativo processo de mercantilização dos festejos, onde “à dimensão simbólico cultural vieram agregar-se dinâmicas típicas do mundo dos negócios, dando lugar ao surgimento do que pode ser chamado de carnaval negócio, tipificando um caso particular de economia do lúdico”. Algo visível, em partes percebido pela revista, quando reportou ao escrever sobre o carnaval de Caravelas em 1992 que teve a cultura local como destaque.
Daniel Rocha da Silva*
Historiador graduado e Pós-graduado em História, Cultura e Sociedade pela UNEB-X.
Contato WhatsApp: ( 73) 99811-8769 e-mail: samuithi@hotmail.com
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