Por Erivan Santana

Definitivamente, a violência se naturalizou entre nós, de maneira que pequenas agressões, principalmente se forem verbais, éticas ou psicológicas, passam praticamente despercebidas. Basta observar o cotidiano – somente quando ocorre um fato muito grave, é que isso causa alguma comoção.

O mundo moderno jamais esperava um conflito tão brutal como este no Leste Europeu, onde se constata a falência do diálogo, da diplomacia, enfim, da civilidade. Justamente na Europa, palco de um dos mais dramáticos e sangrentos episódios da história mundial, a Segunda Grande Guerra, que deixou milhares de mortos, feridos e desaparecidos. A reincidência de uma guerra neste continente assombra o mundo.

Falando do nosso cotidiano, o alto índice de indisciplina e violência, no contexto do ambiente escolar vem assustando pais, professores e responsáveis. A pandemia da Covid-19 não deixou somente sequelas físicas, mas também trouxe consequências sociais e econômicas para muitas famílias, que passaram a viver em uma situação de vulnerabilidade social. Abalos no campo emocional e psicológico também foram sentidos por todos, isto porque tivemos perdas ou conhecemos alguém que perdeu entes queridos, parentes, conhecidos e familiares.

Para além de tudo isso, é preciso dizer que a história sempre foi marcada pela violência, incluindo a sociedade brasileira. Sempre convivemos com isso, onde crianças e adolescentes estão por aí, sofrendo todas estas influências, e isto reflete no ambiente escolar. 

A título de exemplo, veja-se o que aconteceu recentemente no Oscar, evento transmitido ao vivo em escala global, quando tivemos cenas de violência física entre protagonistas do evento, um ramo do entretenimento que atrai muitos jovens. Entretanto, é preciso ressaltar, a violência hoje está incrustada em todos os contextos da vida social, seja no lar, na escola, no trânsito, nas repartições públicas, etc.

É preciso ensinar bons modos, boas maneiras e uma conduta fundamentada na ética às novas gerações, mas não adianta somente adotar o instrumento da fala e da punição, é preciso, sobretudo, dar bons exemplos. De fato, vivemos tempos sombrios.

*Erivan Augusto Santana é colaborador do site, professor, escritor, poeta, graduado em letras e mestrando em Ciência da Educação  e membro
Academia Teixeirense de Letras (ATL).

Compartilhar: