Por SINDACESB

No Brasil de hoje, vivemos fatos tão pitorescos e folclóricos, que dispensam assistir a filmes e séries, já que os temos no cotidiano, principalmente na política.

Refiro-me à recente polêmica que tem dominado as redes sociais e os noticiários, envolvendo a estrela pop Anitta e o cantor sertanejo Zé Neto.

Pois bem, este, esquecendo-se do seu imenso telhado de vidro, disse em um show na cidade mato-grossense de Sorriso “que não precisava fazer tatuagem no tororó”, para fazer sucesso, em uma clara alusão à cantora Anitta. E completou, ao lado do parceiro Cristiano, dizendo que quem pagava o cachê dos seus shows era o povo, evidenciando a rixa política com a Lei Rouanet. 

O episódio expõe o monopólio da indústria cultural no país e a falta de políticas públicas para o setor, que se encontra atravancado, no atual governo.

Imediatamente, a fala repercutiu nas redes sociais, inaugurando uma polêmica que aguçou a curiosidade alheia sobre o financiamento milionário de shows sertanejos, em vários munícipios, Brasil afora e a ação dos homens da lei, que levou a cancelamentos de vários desses shows em todo o país.

Anitta ironizou nas redes sociais: “E eu pensando que estava só fazendo uma tatuagem no tororó”! 

É isso, o fato é que a tatuagem de Anitta revelou-se adorno de grande utilidade pública, e como disse Tom Jobim, “o Brasil não é para principiantes”. Vida que segue nesta pátria mãe gentil, em ano de carnaval em abril, eleições em outubro e copa do mundo em novembro. O ano promete.

Erivan Santana. Professor, escritor e poeta, membro efetivo da ATL – Academia Teixeirense de Letras.

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