Por Daniel Rocha

O documentário “Trabalhadoras Metalúrgicas” foi produzido em 1978 por  Olga Futemma e Renato Tapajó  e é considerado uma obra fundamental sobre a luta das mulheres operárias do ABC paulista na década de 1970. O filme apresenta a história de mulheres que trabalham em uma fábrica de peças automotivas na cidade de São Paulo, durante a ditadura militar e mostra a mobilização das mulheres contra os abusos da indústria.

Ao retratar a rotina dessas trabalhadoras, o documentário mostra as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na época, em um ambiente predominantemente masculino e machista. As protagonistas são apresentadas como mulheres fortes e determinadas, que lutam para superar as barreiras impostas pela sociedade.

O filme é importante não só pelo seu conteúdo, mas também pela sua forma de produção. Os diretores utilizaram técnicas do cinema direto para registrar o cotidiano das trabalhadoras, sem interferir diretamente no que estava sendo filmado. Isso dá ao documentário um tom mais naturalista e autêntico, e permite que as trabalhadoras tenham voz própria e protagonismo de narrar suas próprias histórias.

“Trabalhadoras Metalúrgicas” apresenta uma visão crítica e engajada sobre a realidade social e política do país na época e ajudou a dar voz a grupos marginalizados e a levantar questões importantes sobre a luta das mulheres por igualdade de direitos e oportunidades.

No presente, “Trabalhadoras Metalúrgicas” pode ser vista como uma obra pioneira do feminismo no Brasil e um registro histórico importante do movimento operário durante a ditadura militar. O documentário pode ser considerado uma referência para quem busca entender a realidade brasileira e as lutas sociais do país.

Disponível gratuitamente no YouTube e com apenas 17 minutos de duração, “Trabalhadoras Metalúrgicas” se torna uma opção ideal para ser exibido em sala de aula, permitindo que os estudantes tenham acesso a um material audiovisual relevante e de fácil compreensão sobre um período importante da história brasileira.

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