Por Aílton Vieira*

É inegável que a internet mudou permanentemente a comunicação entre as pessoas, nas palavras do ex–ministro da Cultura Gilberto Gil “antes o mundo era pequeno, porque a terra era grande, hoje o mundo é muito grande porque a terra é pequena, do tamanho de uma antena.”

A internet modificou o cenário mundial, a vida está online e as redes sociais integraram-se ao cotidiano das pessoas. Essas ferramentas digitais trouxeram velocidade, praticidade e eficiência nas relações interpessoais, superando as barreiras geográficas, culturais e sociais.  

Estamos diante de uma realidade digital, e nesse contexto de transformação o papel da escola é fornecer ao aluno autonomia na aquisição de seus saberes e na construção de sua identidade, transformando conhecimento em ferramentas para uma intervenção ética e consciente na sociedade em que esta inserido.

E as redes sociais, cada vez mais, ganham espaço nas nossas vidas, principalmente na circulação de informações, e como ferramenta de manifestação popular. E a escola é o espaço adequado e propício a desenvolver esses sistemas comunicativos e democráticos. 

Entretanto, na contramão do bom senso e da assertividade, o secretário de EDUCAÇÃO de Teixeira de Freitas, proibiu por meio da portaria nº 22 de 24 de julho de 2017, o uso e acesso a jogos eletrônicos e redes sociais em todos os espaços que fazem parte da Secretaria de Educação e cultura do município de Teixeira de Freitas.

Proibindo também os funcionários de realizarem chamadas, que classificou de  indevidas, permitindo apenas as chamadas de caráter emergencial. A quem caberá julgar o que é ou deixa de ser emergencial? A maioria dos profissionais de educação são mães e pais de família que deixam seus filhos aos cuidados de terceiros para se dedicarem 40 horas semanais na educação de crianças e adolescentes de nossa cidade.

Os profissionais da educação não podem ser constrangidos e responsabilizados na totalidade, por desvios e descaso de uma minoria. Não se resolvem problemas de ingerência e omissão com portarias e decretos.

Essa atitude autoritária é um retrocesso, destoa do ambiente democrático da escola. Um professor de verdade sabe que o caminho para solucionar os conflitos passa pela conscientização, pelo diálogo e a habilidade de lidar com os problemas e acima de tudo com a humanização do ambiente escolar.  VAMOS DAR ATENÇÃO AO BOM SENSO! 

 

*Ailton Vieira , também conhecido como Aílton Agente de Saúde, é  Assistente Social e conselheiro municipal de saúde

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