Por Daniel Rocha
Seguindo um calendário de mobilização nacional pelo “Fora, Bolsonaro”, movimentos populares, entidades e centrais sindicais de Teixeira de Freitas, BA, voltaram a protestar no sábado, 24 de julho, por mais vacina no braço e comida no prato, contra o desemprego, o encarecimento do custo de vida e volta das aulas presenciais. Foi o quarto protesto realizado na cidade contra o governo.
A concentração da manifestação que começou às 9h da manhã na Praça da Bíblia e de lá seguiu pelas principais ruas e avenidas da cidade retornou por volta das 11hs ao ponto de concentração.
Nas ruas e na praça, lideranças sindicais, professores e representantes da sociedade civil organizada, discursaram para os participantes e interessados que pararam por um momento para ouvir o que era dito.
Como, por exemplo, dois estudantes do Centro Educacional Machado de Assis – SEMAS, que estava no centro da cidade apressando produtos eletrônicos e pararam na praça para ver o movimento que chamava a atenção.
Os estudantes que preferiram não se identificarem, disseram ter como lazer jogar games no celular e torcer pelo time de coração, o Flamengo, respondeu ser a favor das manifestações contra Bolsonaro por causa da postura do presidente durante a pandemia e do empobrecimento da população. Perguntados sobre, também disseram ser contra a volta às aulas presenciais.
“Só os professores foram vacinados, a gente ainda não. Não quero correr o risco de pegar coronavírus na escola e levar para dentro de casa.”
Para uma trabalhadora de um quiosque que vende salgados na Rodoviária Velha, Talita Soares, que observou a manifestação de longe, disse que não estava entendendo qual era a intenção e o que era dito no protesto devido à distância. “Gostaria de me aproximar mais, porém estou muito atarefada”.
Informada sobre a pauta, afirmou que concorda que os preços dos alimentos estão altos , mas que achava que nem tudo “é por causa do governo “e sim por tudo que vem acontecendo. “Tenho parentes no exterior que relatam dificuldades por lá também.”
Já a análise do aposentado Jovino da Silva, de 73 anos, destoa da opinião vendedora de salgados. Ele, que observava mais de perto as colocações dos manifestantes, disse que estava compreendendo o objetivo do ato e que é a favor da realização desse tipo de movimento porque o presidente deve ser cobrado. Para o pacto senhor, Bolsonaro é o responsável pelo momento ruim e a fome crescente no Brasil. “Não tá bom, carne virou ouro…Até pescoço que era barato tá caro.”
Os manifestantes e alguns passantes deixaram a praça por volta do meio-dia. O ato realizado e as dificuldades relatadas pelos entrevistados confirmam o que mostram as pesquisas nacionais, Bolsonaro e sua forma de governar vem sendo reprovados pelos brasileiros e manifestantes que cada dia mais apelam por “mais comida no prato e vacina no braço.”
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