Em tempos de reuniões entre líderes de governos, em Paris, para firmarem, entre si, acordos na Conferência do Clima, de discursos de educação ambiental e, até mesmo, de encontrar água em Marte, o que se observa é o despertar da consciência do homem (pelo menos é o que aparentar ser), para a real necessidade de cuidar do meio ambiente.

Nota-se que os dias são cada vez mais quentes, derretimentos de geleiras constantes, as fontes de água potável cada vez mais agredidas, e muita gente sentindo a falta d’água, diariamente, em suas torneiras, quando não são aqueles esquecidos nordestinos, por exemplo, que apelam meses, a São José, para que uma gota de água caia do céu.

Vivemos num período de crise hídrica? É inegável que sim. Afinal, a terra da garoa, São Paulo, tem os seus reservatórios o mínimo de água para abastecer a maior população da América do Sul. As populações que vivem no percurso do Rio Doce (um dos maiores rios do Brasil) viram, em novembro, o rio ser inutilizado e sofreram com a falta de água.

Em nossa região o efeito da escassez, já é sentido com rios secando e a água que deveria sair pela torneira, não sai todas as horas do dia. A falta de abastecimento é uma triste realidade, até mesmo em uma potência hídrica como o Brasil.

Sem água não há vida. O desmatamento e o uso inadequado do solo estão entre os fatores que contribuem para diminuir o volume de água em nosso país. Muitas são as pessoas que já se conscientizaram para esta questão da água e seu uso racional, o que tem gerado alguns esforços para que o recurso hídrico, pronto para o consumo, não se esgote.

Entretanto, na contramão da consciência e dos esforços de garantir nossa qualidade de vida e, claro, de nossa permanência, aqui, em Teixeira de Freitas, o Secretário de Meio Ambiente de Teixeira de Freitas, o Senhor Arnaldo Ribeiro decidiu aterrar uma nascente. Caro leitor, trata-se de um ato administrativo, no mínimo, incoerente e irracional, para não afirmemos sê-la criminosa. Nem a alegação da falta de habilidade técnica do secretário justificaria a absurda decisão. Até o desinformado cidadão tem ciência do dever de proteger e preservar as nascentes.

É irresponsável o ato e lesivo ao meio ambiente e, sem dúvidas, com a população teixeirense, praticado por quem deveria defendê-lo.

Não tem, se levado à serio a coisa pública, são tantos os desmandos, desvios e denúncias que inesgotável parece ser a fonte que brota tantos “desmandos”.

Deveria tampar a fonte dos interesses escusos que permeiam as ações de tantos e a pretensão à candidatura de muitos.

Haja água, também, para lavar tanta sujeira.

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