Por (Daniel Rocha)

No dia 06/04/16, onze dias antes da votação do processo de impeachment da presidenta  Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados , durante a minha tradicional caminhada pela Avenida Presidente Getúlio Vargas não pude deixar de perceber que a porta de entrada da sede do partido dos trabalhadores (PT) estava pichada com os seguintes dizeres: fora Dilma e leve o PT junto.

Tal fato fez lembrar notícias vinculadas na TV de episódios de intolerância entre partidários em outras cidades do país. A falta de respeito me deixou muito preocupado por três motivos; primeiro porque todo discurso fascista e radical um dia atinge seu apogeu; segundo por receio da atitude dos desconhecidos intolerantes aflorar reações violentas.

Terceiro; porquê não me lembro de ter ouvido algum comentário reprovando o ato de vandalismo no rádio, na TV ou redes sociais da cidade. Na minha opinião deveria haver uma indignação por parte das pessoas.

Porém, no dia seguinte minhas preocupações se findaram  ao passar novamente na avenida percebi que o partido havia respondido a altura grafitando sobre a pichação um belo desenho com os seguintes dizeres: esse não será o país do ódio.

Não poderia ter dado melhor resposta. Respirei aliviado, pois, como pregou Mahatma Gandhi as resistências e reações devem ser pacíficas. Segui novamente meu caminho convicto de que a resistência pela não -violência é a melhor resposta aos atos que denotam intolerância política.

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