Por Daniel Rocha
No dia vinte de março de dois mil e dezesseis roubaram o “Loro” papagaio de estimação de uma moradora do bairro Wilson Brito em Teixeira de Freitas, extremo sul da Bahia.
A ausência do pássaro foi logo notada pela dona da casa e pelos vizinhos porque ele falava a língua do povo, tanto que pela manhã a ave não custava encontrar alguém entre os vizinhos para assobiar juntos.
Dona Antônia, devota da concebida sem pecado, consternada avisava com dor aos amigos e aos passantes da rua o triste fato. “Você sabia que roubaram o louro? Pois é levaram o meu querido”.
O animal era muito amado e todos moradores da rua sentem a falta dele no cotidiano. Prova disso é que o sumiço da ave ficou entre os assuntos mais comentados nas rodas de conversa do bairro. Mas quem invadiu a casa para roubar um pássaro tão querido? Perguntavam todos curiosos.
Segundo as teorias dos metidos a detetive o pássaro foi levado por alguém que frequentava a casa, alguém que ele conhecia e confiou ao ponto de deixar-se levar.
Para outros ele foi mais uma vítima de um temerário soldado do pó da enganação acostumado a golpes e furtos sorrateiros aplicados a fim de manter seu vício e ilusões.
No presente, sem expectativas de um retorno, aguardam todos para que surja na vizinhança um novo pássaro que venha ser querido. Um que fale a língua do povo.
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